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A Iracema de Alencar

  • Iracema na Atualidade
  • 11 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2019

Como era ser uma mulher indígena no século XVII?

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Iracema é aquela famosa história da "virgem dos lábios de mel", quem nunca ouviu falar?


O livro foi lançado em 1865 por José Martiniano de Alencar (1829-1877), um político da ala conservadora do Segundo Reinado, que, inclusive, defendia a escravidão. Mas, além disso, também era escritor, e foi assim que é conhecido e relembrado até hoje.


Bom, é importante salientar que o livro é um ROMANCE INDIANISTA brasileiro, fase esta desenvolvida principalmente por Alencar, que também fora responsável por outros sucessos, como "Ubirajara" (cujo enredo representava a vida dos indígenas antes do contato com os europeus) e o "O Guarani" (que mostrava a colonização em seu estágio avançado". O livro "Iracema" foi o segundo livro dessa trilogia indianista e representou o início do contato entre brancos e amarelos e a formação mitológica do estado do Ceará.


O que é foi o Romantismo Indianista? Foi um período marcado do século XIX pela valorização do território, com um forte tom nacionalista - buscando ressaltar o que o Brasil tinha de melhor a fim de criar uma identidade nacional sólida -, que buscava no indígena a referência de herói do passado, realizando aqui o papel do cavaleiro medieval. Desta maneira, foram atribuídas ao índio algumas características para que cumprisse esse papel de guerreiro nativo: a coragem, a força, a determinação, a nobreza espiritual e a fidelidade com os costumes e com a terra.

Iracema era a perfeita idealização de uma mulher indígena: "a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.".


Ressalta-se que, durante todo o enredo, o autor a caracteriza com muito zelo e cautela, para que seja atingido todo o pensamento de indígena heroico e idealizado.

Tal enredo é considerado a formação mitológica do Ceará, pois as tribos citadas no livro são daquela região, além disso, alguns personagem realmente existiram.


A índia estava na floresta quando foi surpreendida por um barulho... Ao se assustar, Iracema atira uma flecha, atingindo um desconhecido e, poucos segundos depois, a mesma se arrepende e vai logo prestar socorro ao homem, um colonizador português chamado Martim.


Iracema e Martim se apaixonam e se envolvem em algumas situações complicadas, surgindo alguns problemas de ordem moral para Iracema, uma indígena da tribo dos Tabajaras, cujo dever é guardar o segredo de Jurema...


Autor: Heitor Felippe Filho

 
 
 

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